Viagens, visitas a museus ou
mesmo uma volta no quarteirão podem enriquecer o aprendizado das crianças
Texto Adriana Carvalho
Mas os pais e a escola precisam avaliar o sentido
pedagógico dos passeios e estar atentos às questões de segurança
Os passeios escolares são sempre esperados com
ansiedade por pais e alunos. As crianças não veem a hora de embarcar no ônibus
para fazer a excursão ou a viagem tão aguardada. Os pais, por sua vez, ficam
cheios de preocupações. Será que o ônibus é seguro? Meu filho vai conseguir
dormir longe de mim? O que ele vai aprender com esse passeio?
Em primeiro lugar, é importante que os pais entendam a importância pedagógica dessas atividades extracurriculares, que muitas vezes recebem o nome de "estudo do meio". "Os passeios são fundamentais para a formação integral dos estudantes. Toda escola precisa ensinar as disciplinas básicas, mas as boas escolas vão além e oferecem atividades complementares, como por exemplo passeios", diz Andrea Ramal, doutora em educação pela PUC-Rio. As atividades culturais - como visita a museus, passeio a lugares históricos ou ida ao teatro - ampliam a visão de mundo e a bagagem de conhecimentos do aluno. "Elas ajudam, entre outras coisas, na visualização e aplicação de conceitos teóricos, como quando as crianças vão visitar uma fábrica ou uma região estudada em geografia", explica. "São também importantes para a socialização - as crianças podem conviver em ambientes e situações desvinculadas do ambiente de sala de aula - e para a motivação, porque faz com que os alunos voltem do passeio com mais desejo de continuar aprendendo sobre os temas", diz a educadora.
Para que os objetivos pedagócios sejam alcançados e a atividade conte como dia letivo, os passeios não podem ser simples atividades de lazer (como uma excursão para um parque de diversões) e devem ser bem planejados. "Não vejo sentido em a escola organizar passeios de lazer. Passeios assim não podem contar como dia letivo", afirma Rita Dalpiaz, professora do curso de pedagogia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). "A atividade pode ser considerada letiva quando tem um objetivo pedagógico. Os pais devem verificar na comunicação enviada pela escola qual é o objetivo proposto. Para que a criança aprenda no passeio, o planejamento é fundamental. Tudo precisa ser muito bem preparado para que o aluno entenda o que vai ver e para que aquela experiência faça sentido. Mesmo a convivência e a socialização têm também implicações educacionais", complementa Andrea Ramal.
Além de se preocupar com os objetivos pedagógicos do passeio, os pais e escolas também devem observar questões relacionadas com a segurança e com a adaptação das crianças para realizar atividades fora da sala de aula.
Em primeiro lugar, é importante que os pais entendam a importância pedagógica dessas atividades extracurriculares, que muitas vezes recebem o nome de "estudo do meio". "Os passeios são fundamentais para a formação integral dos estudantes. Toda escola precisa ensinar as disciplinas básicas, mas as boas escolas vão além e oferecem atividades complementares, como por exemplo passeios", diz Andrea Ramal, doutora em educação pela PUC-Rio. As atividades culturais - como visita a museus, passeio a lugares históricos ou ida ao teatro - ampliam a visão de mundo e a bagagem de conhecimentos do aluno. "Elas ajudam, entre outras coisas, na visualização e aplicação de conceitos teóricos, como quando as crianças vão visitar uma fábrica ou uma região estudada em geografia", explica. "São também importantes para a socialização - as crianças podem conviver em ambientes e situações desvinculadas do ambiente de sala de aula - e para a motivação, porque faz com que os alunos voltem do passeio com mais desejo de continuar aprendendo sobre os temas", diz a educadora.
Para que os objetivos pedagócios sejam alcançados e a atividade conte como dia letivo, os passeios não podem ser simples atividades de lazer (como uma excursão para um parque de diversões) e devem ser bem planejados. "Não vejo sentido em a escola organizar passeios de lazer. Passeios assim não podem contar como dia letivo", afirma Rita Dalpiaz, professora do curso de pedagogia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). "A atividade pode ser considerada letiva quando tem um objetivo pedagógico. Os pais devem verificar na comunicação enviada pela escola qual é o objetivo proposto. Para que a criança aprenda no passeio, o planejamento é fundamental. Tudo precisa ser muito bem preparado para que o aluno entenda o que vai ver e para que aquela experiência faça sentido. Mesmo a convivência e a socialização têm também implicações educacionais", complementa Andrea Ramal.
Além de se preocupar com os objetivos pedagógicos do passeio, os pais e escolas também devem observar questões relacionadas com a segurança e com a adaptação das crianças para realizar atividades fora da sala de aula.
Veja a seguir as dicas dos especialistas para as
principais dúvidas dos pais:
fora da escola e o contato de quem deve ser chamado
no caso de eventuais emergências. É interessante também fazer uma lista para
não esquecer de colocar nada na mochila: agasalho, lanche saudável e
balanceado, além dos acessórios para as atividades previstas, como por exemplo
sunga ou maiô para entrar na água. "É importante passar para a escola
todas as orientações necessárias sobre a criança: se toma algum medicamento, se
sofre de alguma alergia, se precisa de alguma alimentação ou cuidado
específico. Os pais também precisam verificar com a escola se há alguma
orientação para o passeio, pois às vezes as crianças esquecem de avisar",
diz Andrea Ramal, doutora em educação pela PUC-Rio.
Desde um passeio à pé, perto da escola,
até uma viagem para dormir fora, é essencial que a escola tenha um número
adequado de adultos para monitorar todas as crianças. "A proporção deve
ser de um adulto para cada três crianças. Essa relação deve ser respeitada não
importando se o grupo de crianças está na faixa dos 5 anos ou dos 14 anos de
idade", afirma Lia Gonsales, Coordenadora de Mobilização da ONG Criança
Segura. "Mesmo as crianças mais velhas precisam desse acompanhamento,
porque quanto mais velhas, mais independentes elas se sentem. E é necessário
supervisão para que não se dispersem e não saiam correndo na rua por
exemplo".
"A partir de 5 anos as crianças já
têm idade para conseguir entender instruções para um passeio", diz Lia
Gonsales, coordenadora de Mobilização da ONG Criança Segura. Antes dessa idade,
as crianças só devem sair se o passeio for mais supervisionado e o roteiro bem
curto.
No caso dos passeios que envolvam
utilizar transporte, os pais devem pedir à escola que informem qual é a empresa
que fará esse transporte e para verificar se ela está regularizada. É
importante também observar se o veículo tem equipamentos adequados, como o
cinto de segurança adaptado para cada faixa etária. "O veículo deve ter
cadeirinha para crianças com peso de 9 a 18 kg, assento de elevação para
crianças de 18 a 36 kg e cintos de segurança de três pontas para crianças acima
de 1,45 m de altura", diz Lia Gonsales, Coordenadora de Mobilização da ONG
Criança Segura. Ela também recomenda verificar os documentos do motorista e
avaliar o estado geral de conservação do veículo.
Assim como na questão do transporte, a
escola também tem que informar aos pais todos os detalhes sobre o local onde as
crianças vão dormir e conviver, no caso de viagens. É importante verificar as
referências do local, tomar conhecimento sobre suas instalações e atividades
que o local proporciona. "O ideal é que as camas não sejam do tipo
beliche. Se forem, é essencial que tenham grade", diz Lia Gonsales,
Coordenadora de Mobilização da ONG Criança Segura.
"Pernoitar em um local estranho e
longe dos pais pode deixar algumas crianças bastante inseguras. Uma
possibilidade para iniciar uma adaptação nesse sentido é que um dos pais ou uma
das mães do grupo acompanhe a turma, alguém conhecido dos demais colegas",
diz a educadora Andrea Ramal. Mas ela pondera que, em geral, as crianças se
adaptam bem quando sentem confiança e segurança no professor que conduz a
atividade.
para o passeio escolar. Os pais também. "Os pais precisam
permitir que a criança cresça", diz Rita Dalpiaz, professora do curso de
pedagogia da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). A educadora Andrea Ramal
concorda: "Os pais devem ficar atentos para não passar insegurança à
criança. Mostrar que confiam nela e na escola. E mostrar que estão felizes por
essa oportunidade que a criança terá de ganhar novas experiências e mais
autonomia, mostrando que esperam o retorno dela com muito carinho".
O conteúdo estudado durante passeios escolares ou
atividades de estudo do meio não pode ser cobrado pelas escolas nas provas,
segundo Rita Dalpiaz, professora do curso de pedagogia da Universidade Luterana
do Brasil (Ulbra). Trata-se de uma experiência a mais para as crianças, mas que
não pode ser cobrada da mesma forma que os conteúdos estudados em sala de aula.
De acordo com a educadora Andrea Ramal, se a criança não puder participar de um passeio por motivos como doença ou até mesmo impossibilidade financeira no momento, os pais podem pedir que a escola ensine conteúdo em outra oportunidade, mesmo que com outro recurso didático. "A experiência e a vivência são únicas, mas pelo menos a criança pode ter acesso aos conhecimentos que possam ter sido tratados. Por exemplo, numa ida ao museu, se a criança faltar, poderá visitá-lo virtualmente. Não será nunca a mesma coisa, mas será melhor do que não ler nada sobre o assunto. Cada caso é um caso e os pais devem sempre buscar a orientação da escola sobre como proceder", diz Andrea.
De acordo com a educadora Andrea Ramal, se a criança não puder participar de um passeio por motivos como doença ou até mesmo impossibilidade financeira no momento, os pais podem pedir que a escola ensine conteúdo em outra oportunidade, mesmo que com outro recurso didático. "A experiência e a vivência são únicas, mas pelo menos a criança pode ter acesso aos conhecimentos que possam ter sido tratados. Por exemplo, numa ida ao museu, se a criança faltar, poderá visitá-lo virtualmente. Não será nunca a mesma coisa, mas será melhor do que não ler nada sobre o assunto. Cada caso é um caso e os pais devem sempre buscar a orientação da escola sobre como proceder", diz Andrea.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br
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