Eu Desejo...

Eu Desejo..
Que a felicidade não dependa do tempo,
nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro.

Que ela possa vir com toda a simplicidade,
de dentro para fora, de cada um para todos.

Que as pessoas saibam falar, calar,
e acima de tudo ouvir.

Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo.

Que tenham ideal e medo de perdê-lo.

Que amem
ao próximo e respeitem sua dor,
para que tenhamos certeza de que viver vale a pena.

sexta-feira, 30 de março de 2012

CADERNETA DO MENINO

CADERNETA DA MENINA

AS CRIANÇAS PRECISAM DE PÃO E DE ROSAS


 Célestin Freinet

O pão do corpo, que mantém o indivíduo em boa saúde fisiológica.
O pão do espírito, a que chamas de instrução, conhecimento, conquistas técnicas, esse mínimo sem o qual se corre o risco de não conseguirmos a desejável saúde intelectual.
E das rosas também...
Não por luxo, mas por necessidade vital (...)
As crianças têm necessidade de pão, do pão do corpo e do pão do espírito, mas necessitam ainda mais do teu olhar, da tua voz, do teu pensamento e da sua promessa.
Precisam sentir que encontraram, em ti e na tua escola, a ressonância de falar a alguém que a escute, de escrever a alguém que as leia e as compreenda, de produzir alguma coisa de útil e belo que é a expressão de tudo o que nelas trazem de generoso e superior.

TENHO ORGULHO DE SER UMA EDUCADORA


Criado no siteVocê na capa de NOVA ESCOLA.

quinta-feira, 29 de março de 2012

POR FAVOR ME TOQUE.

Texto adaptado por Givaneide  Santos, mãe de Alysson, síndrome de  asperger de 18 anos (Currais Novos / RN)


Se sou seu filho ou parente autista,
Por favor me toque!
Ainda que eu resista ou até rejeite.
Insista. Descubra um jeito de entrar no meu mundo.
Seu abraço, seu olhar carinhoso, sua paciência e dedicação
Podem transformar minha existência.
Ama-me e aceita-me como eu sou.

Se sou seu aluno especial,
Por favor me toque!
Não precisa ser um toque físico.
Basta um olhar acolhedor, um gesto carinhoso
Ao falar comigo, um sinal de aceitação e respeito
Que ficarei satisfeito.
Lembre-se! Eu não pedi para nascer assim.

Se sou seu amigo ou companheiro profissional,
Por favor me toque!
Não importa a minha cor, raça, idade ou opção sexual.
Preciso do seu carinho e atenção
Para a minha autoafirmação. Pois acima de tudo,
Sou sensível, sou humano, uma pequena parte da
Diversidade que se completa na interação.

Se sou seu pai ou avô idoso,
Por favor me toque!
Do jeito que me tocaram quando eu era bem pequeno.
Segure minha mão. Sente-se perto de mim. Dê-me força.
E aqueça meu corpo cansado.
Minha pele enrugada adora se afagada.
Não tenho medo, apenas me toque!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Ponto de vista


       Segundo o professor Nilson José Machado, o Projeto segue em uma linha futurista, mas, com orientação necessária e com estímulo para aguçar a curiosidade e o interesse dos alunos a descobrir mais e transformar, fazendo do projeto um trabalho aberto às mudanças de acordo com as necessidades do público alvo. É a busca pelo que se pretende ser e conhecer. É a procura por respostas para uma interrogação que provoca interesse e incomoda. Desta forma teremos um trabalho sem ponto final, mas, que abra um leque de possibilidades para que aja interação entre alunos e professores. Se for realmente interesse dos professores no desenvolvimento intelectual, sócio cultural e emocional dos envolvidos neste projeto, a fim de transformar essa cultura de encontrar respostas prontas para questões repetitivas e mecânico, e necessário que aja mudanças na forma que é apresentado os projetos. Então façamos com diz o Professor Nilson José Machado: o projeto não cabe uma proposta fechada que seja imposta para os alunos. Eles precisam lançar-se para um futuro aberto e não criado.
        Mas o Professor tem que ter segurança no que está fazendo para poder orientar sem perder o fogo e o objetivo do projeto, os alunos precisam de estímulos, elogios, mas, sabendo que existe uma liderança, desta forma eles sente-se seguros para realizar atividades, sabendo que tem um responsável que irá ajuda-lo quando necessário. Deixar que os próprios alunos conduzam o projeto pode se perigoso se não tiver segurança no que está sendo proposto, e não saber lidar com adversidades. É necessário que o professor conhecimento e liderança para que o trabalho não seja perdido no meio do caminho, e perca o sentido do objetivo proposto.
        Mesmo não tendo condições de trabalho adequado, devemos desenvolver sempre o melhor do nosso potencial, pois o verdadeiro Professor é um Educador formador de opiniões.

sábado, 17 de março de 2012

Ovide Decroly:

 


Médico e educador defendia a ideia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo.












“O meio natural é o verdadeiro material intuitivo capaz de estimular forças escondidas da criança”

 “Convém que o trabalho das crianças não seja uma simples cópia; é necessário que seja realmente a expressão de seu pensamento”.
                   
                                                                          Ovide Decroly:




        Ovide Decroly nasceu em 1871,em Renaix, na Bélgica, filho de um industrial e de uma professora de música. Como estudante, não teve dificuldade de aprendizado, mas, por causa de indisciplina, foi expulso de várias escolas. Recusava-se a freqüentar as aulas de catecismo. Mais tarde preconizaria um modelo de ensino não-autoritário e não-religioso. Formou-se em medicina e estudou neurologia na Bélgica e na Alemanha. Sua atenção voltou-se desde o início para as crianças deficientes mentais. Esse interesse o levou a fazer a transição da medicina para a educação. Por essa época criou uma disciplina, a "pedotecnia", Técnica científica da formação das crianças. dirigida ao estudo das atividades pedagógicas coordenadas ao conhecimento da evolução física e mental das crianças. Casou-se e teve três filhos. Em 1907, fundou a École de l’Ermitage, em Bruxelas, para crianças consideradas "normais". A escola, que se tornou célebre em toda a Europa, serviu de espaço de experimentação para o próprio Decroly. A partir de então, viajou pela Europa e pela América, fazendo contatos com diversos educadores, entre eles o norte-americano John Dewey (1859-1952). Decroly escreveu mais de 400 livros, mas nunca sistematizou seu método por escrito, por julgá-lo em construção permanente.

        Por ter sido, na infância, um estudante indisciplinado, que não se adaptava ao autoritarismo da sala de aula nem do próprio pai, Decroly dedicou-se apaixonadamente a experimentar uma escola centrada no aluno, e não no professor, e que preparasse as crianças para viver em sociedade, em vez de simplesmente fornecer a elas conhecimentos destinados a sua formação profissional.

        Decroly foi um dos precursores dos métodos ativos, fundamentados na possibilidade de o aluno conduzir o próprio aprendizado e, assim, aprender a aprender. Alguns de seus pensamentos estão bem vivos nas salas de aula e coincidem com propostas pedagógicas difundidas atualmente. É o caso da idéia de globalização de conhecimentos – que inclui o chamado método global de alfabetização – e dos centros de interesse.

        O princípio de globalização de Decroly se baseia na idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo, que posteriormente pode se organizar em partes, ou seja, que vai do caos à ordem. O modo mais adequado de aprender a ler, portanto, teria seu início nas atividades de associação de significados, de discursos completos, e não do conhecimento isolado de sílabas e letras.

        Os centros de interesse são grupos de aprendizado organizados segundo faixas de idade dos estudantes. Eles também foram concebidos com base nas etapas da evolução neurológica infantil e na convicção de que as crianças entram na escola dotadas de condições biológicas suficientes para procurar e desenvolver os conhecimentos de seu interesse. “A criança tem espírito de observação; basta não matá-lo”, escreveu Decroly.
        Ovide Decroly, morreu em 1932, em Uccle, na região de Bruxelas.